A árvore da vida é emblemática. Ela está lá com suas raízes
fortes ancorada na terra. Suas raízes são como pernas grossas,
como tentáculos agarrando-se na realidade. Firma sua presença
com profundidade na criação, deixa claro que está em comunhão
com a adamá.
Por outro lado, sua copa é densa, seus galhos .
emaranham-se no ar, nos céus ascende seus ramos como mãos
que tocam o que está além. Mas, esta árvore tem frutos, resultado
deste encontro, da comunhão entre céu e terra, representada por
sua estrutura anatômica. Assim, a árvore da vida é o marco, o símbolo da proximidade da realidade
de Deus e dos homens, produzindo alimento, plenitude e vida.
A árvore da vida ensina que a vida só é possível quando céu e terra se encontram, quando Deus e
criação comungam, quando logos e práxis se beijam, quando culto e rotina se tornam uma coisa só.
A ilusão de um mundo dividido é efeito do não-espiritual: o pecado. O pecado cria uma percepção
embaçada da realidade, pois não é uma percepção conciliadora e multidisciplinar, é reducionista e
fragmentada. O pecado não promove encontro e comunhão, mas discórdia e ruptura; não estimula o
diálogo, mas o monólogo; e ao invés de constituir comunidades, funda-se ora no individualismo, ora
no coletivismo.
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