quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PROSPERIDADE.

Este artigo é uma tentativa para apresentar diferentes conceitos de prosperidade que constituiram as bases para o pensamento político-econômico e para identificar as forças e insuficiências de cada um em termos de estrutura teórica e de aplicabilidade prática.


1. Prosperidade como Riqueza
Prosperidade como riqueza retorna pelo menos até Adam Smith. Smith considerava a acumulação de riqueza ajuntada como sendo a causa da prosperidade econômica de uma população, especialmente se ela é deixada à sua própria operação natural, sem interferência do governo. Desta maneira, uma economia de desenvolvimento espontâneo cresceu como uma reação às restrições mercantilistas sobre o comércio e combinado com a crença Calvinista popular de que a riqueza era um sinal de destinação divina para a salvação religiosa, estimulava a produção de bens necessários e de itens de luxo para uma proporção cada vez maior da população européia.
Será que algum rendimento acumulado traz felicidade e prosperidade? Será que podemos definir a prosperidade de uma população em termos de riqueza acumulada desta população? Será que a busca da felicidade e a busca da riqueza se ajustam aos mesmos conceitos? Pode a riqueza ser nada mais do que um meio de alcançar felicidade? E as respostas a estas perguntas seriam as mesmas, se elas forem consideradas em relação a indivíduos ou à população em geral?
Resultados de uma experiência demonstram que no nível individual a felicidade maior está intimamente relacionada a um rendimento mais elevado. Os fatores que contribuem para a felicidade, considerados em ordem de importância, foram a economia, a saúde, a família, os valores pessoais e a condição do mundo, valores sociais e assuntos políticos.
Os conceitos de felicidade usados nesta pesquisa eram totalmente subjetivos e se perguntou aos entrevistados o que para eles significava a felicidade. A resposta foi descrita em termos instrumentais, o que quer dizer que mais dinheiro significa mais bens, o que significa que dispomos de mais benefícios materiais para a vida. Os entrevistados não identificaram a riqueza com felicidade e prosperidade em geral. Ao fazer tal generalização seria supor que nenhum rico poderia ser infeliz e nenhuma pessoa pobre poderia experimentar alguma felicidade.
No nível de conjunto, entretanto, o relacionamento entre riqueza e prosperidade não é tão pronunciado como no nível individual. Tal como foi declarado acima, os clássicos economistas aceitavam que mais riqueza ou um aumento constante de rendimento coletivo de um país conduz a um maior bem-estar e a uma sociedade mais feliz.

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